segunda-feira, 15 de setembro de 2008

REQUISITOS MINISTÉRIAS DO PROMOTOR.

I - INTRODUÇÃO
Mobilizador de Missões
Louvamos a Deus por sua vida e pelo ministério voluntário que você desenvolve na divulgação de Missões em nossa igreja. E com muita alegria e gratidão a Deus apresentamos a você este material com a proposta do nosso Curso de Mobilizador. Esperamos que este material preparado para o curso seja uma benção para você, e conseqüentemente para a nossa igreja.
REQUISITOS MINISTERIAS DO PROMOTOR.
O Significado do Ministério

“Quem é o mais importante? O que está sentado à mesa para comer, ou o que está servindo?” Jesus fazia estas perguntas aos discípulos quando discutiam para saber qual deles era o mais importante.
“Claro que o que está sentado à mesa”, respondeu Jesus, referindo-se ao modo como as pessoas, em geral, pensavam. “Mas”, concluiu, “entre vocês eu sou como aquele que serve” (Lc 22:27).
Os discípulos não conseguiam entendê-lo. Sabiam que Jesus era seu mestre e eles os discípulos, mas agora ele os servia. A palavra grega traduzida aqui por “servir”, é o verbo diakoneo. Diakonos quer dizer servo. O substantivo diakonia, da mesma raiz, às vezes traduzido por “serviço”, é o termo empregado no Novo Testamento para “ministério”. A fé cristã é a única tradição religiosa existente no mundo que considera seus oficiais eclesiásticos como “servos”, ou “ministros”.
Por que procedem os cristãos assim? Porque acreditamos que Jesus agiu dessa maneira para nos deixar um exemplo a ser seguido. Na passagem mencionada Jesus disse aos discípulos, “os reis deste mundo têm poder sobre o povo... Mas entre vocês não pode ser assim. Ao contrário, o mais importante deve ser como menos importante; e o que manda, como o que é mandado” (Lc 22:25-26).
Na passagem paralela do Quarto Evangelho, Jesus diz aos discípulos, “Vocês me chamam Mestre e Senhor, e têm razão, porque eu sou. Sou o Senhor e o Mestre, e lavei os pés de vocês. Por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros; porque dei exemplo, para que façam o que eu fiz” (Jo 13:13-16).
Os cristãos chamam seus líderes de “ministros” porque o próprio Jesus tomou sobre si o papel de servo e mandou os discípulos fazerem o mesmo. O mandamento de Jesus, entretanto, não se aplica apenas aos líderes da igreja cristã, mas a todos os cristãos. Todos os membros da igreja são chamados ao ministério.
De quem somos ministros, ou servos? Somos ministros de Cristo, da mesma maneira como os ministros de Estado são separados para servir ao seu país. Somos também ministros ou servos uns dos outros bem como de todos os que encontramos em nosso caminho.
Paulo pergunta aos coríntios, “Afinal de contas, quem é Apolo? E quem é Paulo? Somos somente servidores de Deus... Cada uma de nós faz o trabalho que o Senhor deu para fazer” (I Co 3:5). “Vocês nos devem tratar”, acrescenta “como servidor de Cristo” (I Co 4:1). Numa outra ocasião Paulo afirmou, “Pois não anunciamos a nós mesmos; anunciamos Jesus Cristo como o Senhor, e a nós como servidores de vocês, por causa de Jesus” (II Co 4:5).
Os cristãos, então, consideram-se servos de três maneiras distintas. Somos servos (1) de Deus, (2) dos nossos irmãos cristãos e (3) do mundo, isto é, de todos os seres humanos. Em todas essas situações somos chamados a seguir o exemplo do nosso Senhor Jesus que “sempre teve a mesma natureza de Deus”, mas não insistiu em ser igual a Deus... Abandonou tudo o que podia, e tomou a natureza de servo. “Ele se rebaixou, andando nos caminhos da obediência até a morte” (Fp 2:6-8). Ele mos ensinou que “Quem se esforçar para conservar sua vida, vai perdê-la”, e quem perder sua vida por causa dele, “vai achá-la” (Mt 10:39).


O Significado dos Ministérios

Quando então falamos a respeito do ministério referimo-nos a uma atividade a que todos os cristãos são chamados. Todo povo de Deus deve se preparar, segundo o autor da Epístola aos efésios, “para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo” (Ef 4:12). Mas, no interior desse corpo de cristo, que é a igreja, cada pessoa recebe um serviço diferente para fazer, de tal maneira que todo o povo de Deus se prepara para o serviço cristão no mundo.
Ao chamar seu povo dessa maneira, Deus quer que a igreja cresça e se desenvolva “por meio do amor” (Ef 4:16). “Seu plano é unir no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que há no céu e na terra” (Ef 1:10). Deus escolheu agir, de certo modo, milagrosamente, por meio da instrumentalidade da igreja, descrita na Epístola aos efésios, como “corpo de Cristo”, “a totalidade dele mesmo, que completa todas as coisas em todos os lugares” (Ef 1:23).
A igreja tem uma tarefa tremendamente difícil para realizar. Na Carta aos Efésios lemos que “todos”, até mesmo “as autoridades e os poderes angélicos do mundo celestial” conhecerão a soberania de Deus “em todas as suas formas”, “por meio da Igreja” (Ef 3:9-10). De que maneira a igreja realizará este ministério se não for “edificada”? Como se preparará para essa missão sem o auxílio de deus? Deus, no entanto, já a preparou, lemos no Novo Testamento, concedendo-lhe “dons”. Lemos em Efésios que “escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e ainda outros para pastores e mestres... a fim de construir o corpo de Cristo” (Ef 4:11-12).
É por isso que precisamos estabelecer distinções entre “ministérios” e “o ministério”. No âmbito do ministério total da igreja há ministérios especiais que se modificam com o passar do tempo. A lista encontrada em Efésios não pretende ser completa (cf. Rm 12:4-8; I Co 12:4-11; e as Cartas Pastorais, onde se encontram outras listas de ministérios reconhecidos no Novo Testamento). São ministérios especiais e específicos os de “apóstolo”, de “profeta” e de “evangelista”, entre outros.
“O ministério dos ‘pastores e mestres”, é provavelmente o da maioria dos leitores deste livro. É o ministério dos que se ordenam e vão trabalhar numa instituição eclesiástica. Este, como todos os outros, é um ministério no serviço de Deus, e no serviço de Deus, e no serviço da igreja, corpo de Cristo. É um ministério chamado por Deus por causa de sua igreja, “para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo” (Ef 4:13).


MISSIOLOGIA.
Teologia.
Uma simples definição do que é Teologia pode nos ajudar a entender a Missiologia. Como as igrejas são supostamente, comprometidas com a Teologia, penso valer à pena definir esse termo e sua relação com missões. Teologia vem de “Theo”, termo grego para “Deus”; e “logia” do grego que significa estudo, teoria ou ciência. Portanto, como muitos já sabem, Teologia é o “estudo de Deus”. A definição apresentada pelo dicionário inglês “Webster’s”, é “o estudo de Deus e sua relação com o mundo”. Eu equalizei a expressão “relação com o mundo”, por uma razão que você entenderá um pouco mais tarde.
Quanto à forma de recepção, a Teologia pode ser passiva ou ativa. A primeira é o conhecimento natural de Deus através da voz do Criador, da natureza ou de um pregador, sem que o receptor esteja atuando diretamente uma busca desse conhecimento; a segunda acontece quando alguém está voluntariamente procurando o conhecimento de Deus através do estudo da Bíblia, natureza e outros recursos. Eu penso que a primeira “Teologia” na Bíblia foi passiva. Deus veio ao homem que Ele criou e falou a ele. Até onde entendemos pela Bíblia, o homem não estava procurando por aquele conhecimento ou encontro. Vejamos o que diz o texto de Gênesis:
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus”, Gên. 1:28.
A expressão em negrito “e lhes disse”, marca o início da comunicação entre deus e sua principal criação, o homem, considerando o bíblico. Temos então aqui, o início da Teologia propriamente dita. O homem começou a conhecer a Deus. A Teologia aconteceu porque houve comunicação entre o criador e sua criatura. Através dela o homem conseguiu conhecimento do seu feitor e de seus planos. Comunicação, portanto, é essencial para uma Teologia efetiva.

Qual é o propósito da Teologia?
Qual é o objetivo da existência da Bíblia Sagrada como um livro santo e eterno? Deus revelou-se através de palavras e ordenou que estas fossem registradas e expostas a todo ser humano. O propósito de Deus era prover um canal permanente de comunicação com o homem por gerações. Com o passar dos anos o homem criou e incrementou-se no conhecimento do Deus revelado. Consideremos duas sentenças na Bíblia:
“Buscai no livro do Senhor e lede”, Isaías 34:16a
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. Oséias 6:3

Os dois textos são um chamado ao conhecimento do Senhor. Eles pedem ao homem uma Teologia Ativa; que o homem tenha iniciativa e desejo de conhecer ao Senhor. O criador deseja que sua criatura o conheça, então ele preparou um meio para isso, a Teologia. Teologia não é uma aventura humana científica de procurar descobrir os mistérios e segredos do Altíssimo. O significado da Teologia brota no mais alto atributo de Deus, o amor. O Criador cheio de amor fez e promove a Teologia como um chamado a sua criatura perdida e condenada para uma regeneração e um relacionamento de amor eterno. A mente humana é receptora de uma gama de mensagens que chegam desde cedo por diferentes canais. A começar pelos pais, amigos, mídia etc. A assimilação e processamento dessas idéias vão definir a formação e o futuro do jovem. A Teologia é o canal de comunicação das “idéias” e planos de Deus. Ela traz revelação e conhecimento que pode resultar em salvação, adoração e submissão; ou recusa rebelião e destruição. Entre outras coisas no texto de João 5:39-43, Jesus disse:

“Examinais as escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna”
“Contudo não quereis vir a mim para terdes vida”
“Eu vim em nome do Pai e não me recebeis”

O primeiro texto mostra o motivo pelo qual os ouvintes de Jesus estavam “fazendo Teologia”, busca da vida eterna. Os dois outros mostram a reação deles para com o autor da vida. A recusa trouxe realmente rebelião e destruição como fica claro na história de Israel. Por outro lado a história da igreja traz um povo salvo que tem levado a teologia através das fronteiras culturais, estendendo o Reino de Deus pelo mundo. Então, está claro que o propósito da Teologia é tornar possível para a criatura conhecer seu Criador e ter a oportunidade de ter o seu “escrito de dívida” cancelando e “cravado na cruz”, confira Col. 2:14. No desenvolvimento da Teologia através da Bíblia, temos várias entrevistas entre Deus e o homem. Algumas em resumo são:

· Comunicação do domínio do homem sobre as demais criaturas, e do seu dever de multiplicar-se e povoar a terra, Gên. 1:28.

· Comunicação das regras de sobrevivência no Jardim do Éden, Gên. 2:16-17.

· Comunicação do castigo e expulsão do Éden. A comunicação direta com Deus é interrompida pelo pecado de desobediência, Gên. 3:14-19.

· Comunicação da bênção da redenção para todas as nações através de um servo escolhido, Abraão, Gên. 12:3.

· Comunicação da Lei como “sombra dos bens vindouros” (confira Heb. 10:0), preparando a vinda do próprio Deus a Terra para restaurá-la. Ex 20.

· Comunicação pessoal da salvação através da encarnação do próprio Deus, Mat. 1:21.

· Comunicação da ordem para que a criatura salva, seja o canal de comunicação teológica entre o Salvador e a criatura perdida em todas as nações, povos, tribos e línguas, Mat. 28:19.

· Comunicação da vitória final: Ele disse: “Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Início e o Fim. A quem tem sede eu darei de graça da fonte da água da vida. Quem vencer herdará tudo isso e Eu serei seu Deus e ele será meu filho”. “Tudo está feito”, e a comemoração será eterna, Ap. 21:6-7.

A Teologia é proveitosa, real e efetiva, quando o homem perdido é achado e trazido a um relacionamento prazeroso com seu Criador. Agora a definição de Teologia apresenta pelo dicionário Webster ganha significado: “o estudo sobre Deus e seu relacionamento com o mundo”. Teologia não é um estudo acadêmico acessível somente ao alto clérigo; é acessível a todos os homens, grande e pequeno, culto e simples. A Teologia não é só o estudo de Deus, pois sem o relacionamento com o mundo ela perde seu propósito e significado. Ela é viva, real e automotiva; não é estanque, parada e inerte. É viva como um ribeiro em declive, que corre montanha abaixo. Ela corre como o avanço tecnológico das comunicações, que fez o mundo “virarem um bairro” com o milagre da internet. Como tal, a Teologia corre, levando conhecimento e estabelecendo relacionamentos com Deus. Sem isso, ela é como um engenheiro formado que não consegue emprego, o qual não pode fazer uso de todo o conhecimento adquirido e nem pode colher os frutos de anos de aplicação e trabalho.


Relação entre a Teologia e a Missiologia.

Como resultado da teologia temos o relacionamento e a comunicação continuada entre o homem e Deus. Foi aí que surgiu a Missiologia, pois Deus deu uma tarefa ao homem para continuar o processo de despertamento teológico do mundo perdido. A Missiologia é o meio pelo qual a Teologia alcança seu objetivo. Podemos afirmar que a Missiologia é um produto da Teologia, e que uma sem a outra, perde o significado. Somente as duas juntas são capazes de levar avante o plano da salvação. Sabemos que a vinda de Jesus foi uma ação missiológica de Deus. Agora, a questão é: O que é, na prática, a Missiologia? Qual é o seu propósito?
A palavra “Missiologia” vem de duas outras: do latim “missione” que significa função ou poder conferido a alguém para um propósito especial em outra nação, terra, território, grupo ou domínio; e “logia”, do grego “logos” que significa estudo, doutrina, teoria ou ciência. Simplesmente definida, Missiologia é o estudo da missão dada por Jesus a sua igreja. Uma definição mais acurada pode ser: ciência que estuda os vários aspectos da missão conferida por Deus aos crentes, cujo propósito principal é tornar possível a cada indivíduo da Terra, a oportunidade de ouvir as boas novas do evangelho em sua própria língua, restaurando então, o relacionamento corrompido entre eles e o Criador. Portanto, podemos afirmar que Teologia sem Missiologia não tem sentido, já que o alvo final da verdadeira Teologia é justamente o propósito único da Missiologia. Equivale dizer que Missiologia torna efetiva a Teologia e que esta atrai aquela. É importante lembrar, que não me refiro a Missiologia como curso somente ou qualquer curso acadêmico, embora isto esteja incluso. Missiologia é um termo ativo que envolve conhecimento e prática. Aprendendo e indo, “estudando o mapa e procurando o tesouro”; tarefa para formados e leigos.
Escolas teológicas não deveriam ser outra coisa senão escolas missiológica. Sabemos de muitas escolas bíblicas cujo currículo não inclui Missiologia. Tais escolas estão produzindo líderes e pastores com coragem suficiente para dizer: “Deus não me chamou para Missões”, ou ainda, “eu não tenho culpa por não ter recebido visão missionária”; ou então “meu negócio é primeiro em Jerusalém”. Teologicamente isso é um absurdo. Vale repetir que, uma Teologia sincera, move-nos, sem dúvida para a Missiologia prática, como um meio efetivo de alcançar o alvo final da própria Teologia, a saber, o homem redimido levando ao homem perdido as boas novas de que Deus enviou seu único Filho para salvá-lo da destruição eterna. Alguns líderes e pastores até dizem que na “sua teologia”, Deus os chamou somente para uma “missão local”. Infelizmente, eles têm somente um “salvador local” e por conseqüência “uma missão local”. Porém, Jesus Cristo é o Salvador do mundo e sua igreja trabalha em missões mundiais.

“Escolas Teológicas não deveriam ser outra senão Escolas missiológica”

Igrejas e escolas sem Missões: Carros sem rodas.

Um carro lindo, pintura metálica, motor 2.0, 16V, espaçoso, porém sem rodas. Você pode imaginar onde é que esse carro vai chegar? É claro que ele não vai a lugar algum. Aliás, ele nem mesmo pode mover-se um milímetro. Ele não é um automóvel. Ele é um imóvel. Não tem poder de auto-locomoção. Pode até fazer barulho, mexer-se, roncar, balançar e ter passageiros dentro de si, mas nunca sairá do lugar, a menos que alguém coloque rodas nele. Assim são as igrejas e as escolas teológicas sem missões, carros sem rodas. Podem ter motor, tanque de combustível e assentos para os passageiros, mas só serviriam para treinos simulados. Poderemos fazer uma analogia do carro com uma igreja que crê na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus, o Filho, é o corpo do carro, a condução. É nele que vamos ao céu. Temos de estar nele. O motor é o Pai, a fonte de toda força. O Espírito Santo é o óleo, ou o combustível. Os três são essenciais, vivos, ativos, dinâmicos e formam um único ser. Formam um conjunto cujo objetivo tem sido criar e mover coisas maravilhosas como a terra, homens, animais, o Universo.
Uma igreja cheia de Teologia, mas sem missões, é um carro sem rodas. Tem Teologia, conhecimento, conhece as letras, mas não anda. Outras vidas de lugares distantes jamais verão a beleza deste carro. Sua tendência é a ferrugem. O combustível acaba o motor trava e a lataria se deteriora. Esse é o destino espiritual de uma igreja que não faz missões, perde a vida e a graça; seu destino é o ferro velho espiritual.

Nenhum comentário: